sábado, março 12, 2011

Férias, sol, praia, casa, filmes (muitos filmes), samba, cozinha, lista de material, planejamento para o trabalho em 2011, volta ao trabalho, mudanças em casa, aulas de Pilates, voltar a correr, RPG, e ainda assim alguma dor na coluna, Carnaval, começo real do ano...
Tudo isso aconteceu e meus dedos continuam mudos. Em oposição à minha mente que anda mais confusa que nunca, minha boca queria andar fechada, meu peito cerrado, e os dedos imóveis.
Não tenho lido muito, não tenho saído muito, não tenho ouvido muita música. Não tenho feito muitos planos. Não tenho sonhado muito. Não sei o que esperar, se devo esperar (certa de que não devo!). Ainda assim me sinto ocupada. Falo demais. Respiro demais. Penso demais.
Agradeço todos os dias a sorte que tenho na vida, as conquistas que alcancei, a saúde que tenho. Meu lar. As pessoas que amo. Os dias de sol e sempre quando me sinto bem correndo no Aterro. Quando sinto minha pele quente. Faço carinho na minha gata, sempre companheira. Curto e amo muito minha filha que parece crescer cada dia mais rápido.
Sinto falta.
Amo.
Dói.
Sinto-me intrigada, desafiada, emocionada e impressionada com muitos filmes que vejo (não, isso não parei de fazer!)... De vez em quando fico extremamente empolgada com uma conversa que tenho com alguém.
Mas não me sinto livre de uma sensação aterradora, avassaladora de vazio. De um silêncio que me cala as mãos, boca. Que me cansa a mente, que aperta o peito. De que quanto mais faço, mais ainda tem de se fazer. De que quanto mais vivo e vejo, menos sei. Mais sozinha e perdida me sinto. Aquela sensação "lugar-comum" de que felicidade não existe, e sim apenas momentos felizes, de que felicidade não se vive, tem-se por dentro ou não. E de que não sei mesmo diferenciar uma coisa da outra ou me sentir satisfeita com o que me acontece.
Volta a vontade de dormir, dormir, dormir...
Não sei.

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