terça-feira, agosto 11, 2009

"Eu só confio nas pessoas loucas, aquelas que são loucas pra viver, loucas para falar, loucas para serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo,que nunca bocejam ou dizem uma coisa corriqueira, mas queimam, queimam, queimam, como fabulosas velas amarelas romanas explodindo como aranhas através das estrelas..."

[Jack Kerouac]

Não estou sabendo usar minhas palavras, ou não ando com tempo para ficar em frente ao computador cuidando de meu blog. Eu tenho usado muito as palavras, mas em longas conversas cara-a-cara. Não tenho tido sucesso em escrever aqui, mas ao mesmo tempo sinto vontade de colocar coisas escritas que tenham a ver com meus dias.
Tenho descoberto todos os prazeres de estar só. De ficar em silêncio. De escolher o que fazer em casa.
De lidar com todas as obrigações. De ter de pensar em que passo dar a seguir. De fazer minhas escolhas.
De não ser algo que não sou. De me sentir leve e deitar sem preocupação, mesmo tendo problemas a resolver. De ser íntegra e completa em qualquer coisa que faça. De não falar algo que não esteja sentindo.
Não é fácil, mas ao mesmo tempo posso dizer que é uma delícia. Tem coisas da vida que não tem preço, e tem outras que têm um preço alto, mas que ainda assim vale a pena pagar.

Um comentário:

disse...

Viver, simplemente, não tem preço. Viver-se, menos ainda. Momentos de solidão ... estes, não tem preço mesmo. Há momentos em que percebemos que podemos dar nosso reino... todo o nosso reino, por um único momento de solidão. Em outros, porém, percebemos que estar em solidão é a treva... é a morte... Logo a seguir, percebemos que a treva e a morte, é só treva e morte... nada diferente daquilo que estamos nos preparando para viver... dia após dia. Sonho após Sonho. Treva e Morte = Solidão. Nada além. Viver e Morrer, não tem preço. O Além da Vida é o que nos importa. O Além do ter estado Viva, é o que me interessa. O Além da Morte, é o que me fascina. O pós Vida deve ter um sabor outro. É o que espero e sonho. Outros sabores... quero a treva, a morte. A solidão, esta, já a tenho, desde menina.