domingo, junho 08, 2008

O Velhor e o Mar



Peço-lhe licença para ocupar esta branca e virgem folha de seu livro. Ele sempre foi seu, assim como eu, e estava esperando para ser encontrado, buscado numa prateleira onde estava discretamente em exposição, assim como eu... Ele e eu sempre fomos seus, passassem dias, anos, vidas, Eras, Éons...
Agradeço-lhe por me ajudar a ver o mundo e a pessoa com olhos puros, que são os seus.
"Um simples pescador de mãos calosas, que não esmorece diante dos embates e vicissitudes da vida, e que sabe receber triunfos e derrotas com a mesma força de espírito, pode ser um grande homem."
"Um homem só, no mar alto, com seus sonhos e pensamentos, suas fundas tristezas e ingênuas alegrias, amando com certa ternura o peixe com quem trava urgente luta até levá-lo a uma derrota leal e honesta."
Esse livro é seu... A estória é sua... E o peixe sou eu.
Amando-lhe...

(Escrito em 06/09/2000)

3 comentários:

Anônimo disse...

o segredo da pesca
...a tensão na linha
...a paciência frente ao mar
...o respeito ao peixe
...ao desafio se entregar

Anônimo disse...

Aos 14 anos, li "O Velho e o Mar"... Serviu para mim com alimento da força interior da qual tanto precisava.
Aos 18, dei-o de presente ao seu pai... (naquela época, aos 18, ele era, para mim, o próprio Santiago...)
Aos 47, lembrei dele... e pensei que seria importante dá-lo, também, a outra pessoa, exatamente por razão contrária: ele precisava conhecer Santiago para aprender a força que se pode encontrar na busca pelo sonho... seja ele o mais louco dos sonhos... mesmo que este sonho o leve à própria morte do ser...
Hoje, aos 50, encontro o "Velho e o Mar", aqui...
Que bom que Ele persiste...
Amo Santiago. Amo Marlins. Amo os peixes. Amo quem ama a qualquer destas coisas... Estou em casa.
Rê.

Anônimo disse...

“...Olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!”

- Trecho maravilhoso de outro livro que tanto amo, assim como o "Velho e o Mar". E acredito que compartilhemos esse sentimento. Lindos comentários, lindas palavras e pensamentos. Lindo Blog! Bons ventos nos sopram...grandes mudanças, muito aprendizado. Bjos: RMCMCC!